Tomada
erradamente como a procura insensata do processo de transformar os
metais básicos em ouro, a alquimia era na verdade a química da
Idade Média. Girava em torno do princípio filosófico de que todos
os corpos eram compostos pela prima materia combinada com misturas de
quatro elementos definidos pelo filósofo grego Aristóteles: a
terra, o ar, o fogo e a água.
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Processo de transmutação: o chumbo viraria ouro. |
Segundo
esta teoria, o chumbo podia ser transformado ou transmutado em ouro
por subtração das qualidades características próprias,
isolando-se assim a prima materia, adicionando, posteriormente, as
qualidades características do ouro. Para os alquimistas, esse
processo não é nada sobrenatural ou mágico. Pelo contrário, estes
procuravam descobrir os métodos laboratoriais que copiassem
rigorosamente as modificações observadas na Natureza.
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Hermes |
A palavra
“alquimia” data pelo menos do século IV, mas as lendas atribuem
ao deus Hermes a criação dessa arte. Da prática alquimista de
fechar os vasos com o sinal de Hermes vem a frase “fechado
hermeticamente”, usada atualmente com frequência. A ciência, tal
como se desenvolveu na Grécia e Roma clássicas, foi também
influenciada pela magia e a astrologia conhecidas na Babilônia,
Pérsia e Egito. Chegou à Europa Ocidental com as conquistas mouras
que trouxeram à Península Ibérica a sabedoria dos árabes.
A
alquimia tinha como objetivo a descoberta da pedra filosofal –
matéria que teria o poder de transformar metais imperfeitos em
metais nobres (ouro e prata) –, e ainda a descoberta do elixir da
vida, substância que daria a juventude eterna e curaria todas as
doenças. Ou seja, o homem buscava a riqueza, opoder e a vida eterna.
Fonte: Os Grandes Mistérios do Passado, Reader's Digest
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